Entre os três e seis anos de idade, as crianças
são propensas a sentir vários tipos de medo. A medida que vai conhecendo os
seus próprios sentimentos de agressividade, a criança começa a temer a agressão
por parte de outras pessoas e situações.
- Medo de Cães e outros animais que mordem.
Quando a criança aprende a lidar com seus
próprios instintos, um dos quais consistia em morder sempre que se sentia
tensa, é possível que comece a ter medo de tudo que lhe dê a impressão de
morder.
- Medo de barulho altos
Caminhões de bombeiros, ambulâncias e portas que
batem de repente estão entre as coisas que despertam reações violentas e
aterradoras numa criança.
- Medo do escuro e de monstros, bruxas e fantasias
Os medos afloram à noite. Os predadores com os
quais se sonhou transformaram-se em terríveis imagens projetadas na escuridão.
Isso acontece numa época em que a criança está avançando rapidamente rumo à
independência. Ela está tomando consciência de ser dependente em relação aos
pais, e, entretanto, em conflito por esse motivo.
- Medo de altura
Esses medos surgem quando a criança se torna
mais consciente do perigo de cair de lugares altos, e se dá conta de que é
suficientemente independente para ter de proteger-se.
Como
ajudar uma criança a lidar com os seus medos?
Em primeiro lugar, ouça atentamente o que a
criança lhe disse sobre os seus temores, e respeite os sentimentos dela.
É normal uma criança sentir medo, pois este é um
sentimento natural que nos ajuda a lidar com novas experiências e nos proteger
do perigo.
Alguns bebês e crianças têm medo de coisas bem
específicas: insetos, cachorros, escuro, barulhos altos, entre outros. Não
despreze o medo que a criança sente. Não os subestime, mesmo que pareçam bobos
ou irracionais, para ela, a coisa é bem séria e real.
·
Evite sorrir ou fazer pouco da situação quando ela se
mostrar assustada
·
Mostre a ela que você entende como é ter medo de algo,
ela vai aprender que não há problema em sentir medo e que é melhor lidar com
isso.
·
Tentar simplesmente convencer seu filho de que não há
motivos para ter medo, terá o efeito contrário do que você quer.
·
Dizer "Não se preocupe, não tem por que ter medo
do cachorro" quase não tem efeito nenhum. Em vez disso, ofereça segurança:
"Sei que você fica assustado com o cachorro. Vamos passar por ele juntos.
Se precisar, pego você no colo".
Boa parte desses medos desaparece conforme a
criança sente-se mais segura de si e do ambiente ao redor. Não existe receita.
Conheça bem seu filho e saiba o que o perturba, assim poderá auxiliar a superar
seus medos.
Ajude-a a entender que é natural sentir medo e
preocupar-se com as coisas. Só depois
faça-a ver que é possível lidar com o que no momento lhe aparece apavorante e
esmagador.
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Imagem:
Extraída do Google Imagens
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Sobre
a autora:
Ludmilla
Rodrigues Fernandes Gomes, é psicóloga (CRP 09/11054) graduada pela
Universidade Estácio de Sá (Brasil), estudiosa da técnica DIR Fortime, atende
com ênfase na Gestalt Terapia, ministra palestras com o objetivo de fazer com
que pais desenvolvam relações mais saudáveis com seus filhos.
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