A importância da Psicoterapia para crianças e adolescentes com sintomas de ansiedade



A ansiedade é um sentimento de medo e apreensão, onde nos sentimos tensos e desconfortáveis, e ficamos em alerta antecipatória sobre a possibilidade do acontecimento de algum evento. É um tipo de inquietação, onde ocorrem diversas manifestações no corpo (fisiológicas) e na mente (cognitivas). As manifestações fisiológicas podem ser agitação, hiperatividade, e movimentos precipitados; as manifestações cognitivas podem ser atenção e vigilância redobrada, pensamentos negativos e possíveis desgraças. Essas manifestações podem ser passageiras ou permanentes, e podem variar de intensidade.

Dois pesquisadores brasileiros (Batista & Oliveira, 2005) realizaram um estudo onde observaram que os sintomas, sejam físicos ou emocionais, que mais se manifestam em adolescentes são: tremor, irritabilidade, agitação, taquicardia, preocupação, medo, dor de estômago, insônia, nervosismo, pavor, aborrecimento e susto. Alguns desses sintomas também podem aparecer em crianças.

A forma como crianças e adolescentes lidam com alguns eventos que passam em sua vida é crucial para a ocorrência e desenvolvimento de problemas de ansiedade. Reconhecer quando a ansiedade está se instalando na criança e adolescente, atrapalhando suas atividades cotidianas é essencial. É preciso recorrer, por vezes, a um profissional que ajudará a identificar os sintomas e os prejuízos que estes causam, ajudando a melhorar o comportamento da pessoa atendida.

Atualmente é possível notar que está crescendo o número de crianças e adolescentes que são trazidos para a psicoterapia, e a população está aprendendo que ela não é indicada somente para pessoas diagnosticadas com algum tipo de “transtorno”, mas também é importante para o desenvolvimento da saúde emocional, pois as nossas emoções também precisam ser trabalhadas. E a psicoterapia pode ajudar a trazer um equilíbrio entre nossa saúde mental e nossa saúde física.

Em se tratando de crianças e adolescentes, muitos deles podem ter uma interpretação errônea de uma situação, surgindo pensamentos e comportamentos que chamamos de disfuncionais, isto é, comportamentos que não são adequados para determinados momentos ou espaços, o que pode gerar, consequentemente, um nível maior de ansiedade.

Uma das possibilidades de acompanhamento para este tipo de problema é a terapia cognitivo-comportamental, cujo foco é modificar esses pensamentos e comportamentos disfuncionais, diminuindo consequentemente os sintomas da ansiedade. Em se tratando de crianças e adolescentes, sabe-se que estes tendem a agir em suas experiências de acordo como as interpretam, construindo a visão de si e do mundo, e através dessas é que vai moldando seu funcionamento emocional. Ou seja, em algumas situações, crianças e adolescentes podem não saber o porquê de estarem ansiosos, e isso pode prejudicá-los no meio social e familiar.

Sobre isso, é importante ressaltar que através da psicoterapia esta questão pode ser esclarecida, utilizando-se de diferentes técnicas quando necessário, dentre elas, por exemplo: Psicoeducação; Treino de relaxamento; Exposição imaginária e ao vivo; Modelagem; Treino de resolução de problemas; Modelação; Reestruturação cognitiva.

A psicoeducação, por exemplo, é feita através de discussões sobre o tratamento e desenvolvimento infantil com os responsáveis da criança ou adolescente. As outras técnicas oferecem formas específicas, onde irá ajudar o paciente a minimizar os sintomas da ansiedade. E através dessas técnicas o paciente aprende habilidades, identificando comportamentos ou sentimentos que deverão ou não ser alterados. Caso você note que seu filho ou alguma pessoa próxima precise de acompanhamento para lidar com estas questões, entre em contato, será um prazer poder ajudar.

Sobre a autora:

Andressa Mariana Inácio de Moura, psicóloga (CRP 09/10542) graduada pelo Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA), especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Universitário Amparense (UNIFIA). Realiza atendimentos individuais de crianças, adolescentes e adultos.

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