A Expectativa da Mãe durante o pré-natal


É muito comum escutarmos mães grávidas dizerem “sempre me disseram que eu tenho cara de mãe de menino”, “sempre quis ter uma menina”, “ele chuta muito, com certeza é um menino”, “é tão calminha, é uma menina”, “sonhei com a cor azul, vai ser um menino”, não é mesmo?! Expectativas e pensamentos a respeito de como será o bebê, seu temperamento, suas características físicas e psicológicas, passam a fazer parte do “mundo” da gestante assim que a gravidez é descoberta, seja ela planejada ou não, afinal o bebê “existe” no interior da mãe muito antes de seu nascimento.

A relação mãe-bebê começa desde o período pré-natal, e é formada basicamente pelas expectativas da mãe, originárias de seu próprio mundo interno, de suas necessidades conscientes e/ou inconscientes. As expectativas se constituem, então, sobre o bebê imaginário que cada mãe constrói, e envolvem, principalmente, o sexo do bebê, o nome, a maneira como ele se movimenta no útero, e as características psicológicas que são atribuídas a ele.

As repercussões dessa relação durante a gestação podem ser positivas ou negativas. As expectativas podem ser consideradas positivas na medida em que, é necessário para o bebê que haja um investimento de desejos e fantasias por parte da mãe para começar a existir enquanto ser humano, mas passam a agir de modo negativo, por assim dizer, quando o bebê não consegue ter espaço para assumir sua própria identidade, isto é, quando a mãe não consegue aceitar a singularidade de seu filho, desenvolve preocupações excessivas e antecipa frustrações. 

Mamãe gestante, pensando no melhor para seu bebê, sente que essas preocupações e essas expectativas estão gerando uma pressão muito grande sobre você? Ou que às vezes parece muito difícil lidar com todas as diferentes emoções trazidas pela gestação?!

Preocupações e expectativas excessivas podem gerar níveis altos de ansiedade e estresse na gestante, o que consequentemente também é sentido pelo bebê, afinal, tudo o que a mãe sente, o bebê também sente. São os projetos, expectativas, pensamentos, sensações e preocupações envolvendo sua chegada, que preparam o espaço para acolhê-lo. Lidar com o confronto entre o bebê imaginário e o bebê real nem sempre é fácil e sendo a gestação um evento complexo, com mudanças de diversas ordens; e uma experiência repleta de sentimentos intensos, é importante oferecer a gestante um ambiente acolhedor e uma escuta compreensiva.

O estresse emocional em determinados períodos da gestação, pode influenciar no surgimento de problemas em outras etapas da vida, então, cuidar dos aspectos psicológicos e emocionais, torna-se tão importante quanto, cuidar dos aspectos físicos durante a gravidez. Mamãe, cuidar do seu bem-estar emocional, é cuidar do bem-estar do seu bebê. A orientação psicológica pode ajudá-la a vivenciar uma gestação mais tranquila e equilibrada. Para mais informações entre em contato conosco.

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Sobre a autora:

Lorena de Oliveira Cardoso (CRP 09/11633)

Psicóloga Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Brasil), com período sanduíche pela Universidad Católica del Norte (Chile). Pós-Graduanda em Psicologia Perinatal e Parentalidade. Diretora do Instituto Psicologia Goiânia. Atende crianças e adultos, com foco no acompanhamento psicológico de gestantes e mães. Atende com ênfase no psicodrama.

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